Forever Young... está claro

18-11-2017 22:52
Que o digam aqueles que estiveram no Campo Pequeno, a “abanar o capacete”, quase como faziam na adolescência (quase… só porque o esqueleto já não está como antigamente), ao som dos Alphaville. Se, para os adolescentes, este grupo alemão pouco ou nada diz, já para os “cotas”, que encheram o recinto, foi o regresso ao passado e aos tempos da bola de espelhos e das festas de garagem.
Choque mesmo foi ver que, Marian Gold, já não era a elegância dos anos oitenta e que o peso da idade… atinge todos. Mas, com a maturidade, veio a simpatia e o vocalista dos Alphaville conseguiu ser mais comunicativo com o público. Até disse umas piadas. A banda cumpriu com a sua missão e trouxe o revivalismo de “Big In Japan”, “Sounds Like a Melody” e claro “Forever Young”, três temas que são ex-líbris do grupo alemão.

E as recordações começaram com um tema pouco conhecido, “Homes”, passou por “I Die For You Today”, continuou com “Gravitation Breakdown” e mais duas canções depois, o público deu sinais de entusiasmo aos acordes de “Big In Japan”. Em versão mais longa, com arranjos que saíram da música original, para desagrado de alguns, isso não evitou que os telemóveis se agitassem, assim como o “esqueleto” de muitos. As cadeiras não impediram este movimento “reivindicativo” do corpo, de se balançar ao som de música que marcou uma época. E apropriada foi a música que se seguiu, “Dance With Me”, cuja sugestão já tinha sido tomada à letra.

Entusiasmante, foi o termo usado a partir daqui pelo público. E se o som é sempre o grande “handicap” nos espectáculos do Campo Pequeno, neste também não foi excepção, mas nada que impedisse os “maduros jovens de ontem”, de aproveitaram cada momento. “A Victory of Love”, antecedeu os dois singles que foram Top 20 em vários países nos anos 80, “Sounds Like a Melody” e “Forever Young” e, por esta altura, já não havia uma alma sentada. Canções épicas, fáceis de cantar e encantar e que marcaram uma geração.
Tempo para o encore, com mais três músicas e a terminar com “Monkey In The Moon”. Trinta anos depois, os Alphaville ainda estão aí para as curvas e, se a formação sofreu alterações ao longo da sua existência, já a voz do vocalista continua a ser irrepreensível e Marian Gold a cumprir com a sua missão, mostrando que a voz, essa, é “Forever Young”.
 
 
Jornalista: Maria Silva
Chefe de Redação: Anabela Santos
Fotos: © Duarte Santos
Revisão de Textos: Isabel Baptista
 

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