Gal...Gal Costa

12-11-2017 22:18
Cinquenta anos de carreira e muitos milhões de fãs depois, Gal mostra, do alto dos seus setenta e dois anos, que a sua voz ainda está aí para se ouvir, com o vigor que a caracteriza. Nas duas noites em que actuou no Campo Pequeno, em Lisboa, e outra no Coliseu do Porto, primou por se apresentar apenas acompanhada por uma guitarra elétrica/violão e sem pausas, para dar descanso à voz. Só isso mostra a sua capacidade vocal, com destaque para os graves, e de resistência da cantora.
O seu timbre permanece cristalino e melodioso. Na digressão “Espelho d’Água” entoou Caetano Veloso, Chico Buarque, Tozé de Abreu ou Roberto e Erasmo Carlos. “Caras e bocas” foi o primeiro tema que interpretou, seguido de “Passarinho” e claro, não podiam faltar os clássicos, como por exemplo “Coração Vagabundo”, “Meu bem meu mal”, “Baby” ou “Você não entende nada”, terminando com um verdadeiro hino que é “Meu Nome é Gal”.

Sempre acompanhada pela sonoridade da guitarra/violão de Guilherme Monteiro, a cantora baiana “desfilou” em 90’, os temas mais emblemáticos dos 50 anos de carreira, mostrando porque é que é uma das intérpretes mais carismáticas da música brasileira e que a idade não lhe diminuiu a capacidade para usar as cordas vocais em agudos, de fazer inveja a muitas jovens cantoras. Um repertório infindável de canções, revisitado de forma incansável que faz parte da memória de muitos.

Gal é Gal… e esta é, sem dúvida, a grande Gal Costa. Marcou uma geração, mas será sempre… uma voz intemporal.
 
 
Jornalista: Isabel Tavares
Fotos: © Carlos Plácido
Revisão de Textos: Isabel Baptista
 
 

© Copyrights. Todos os direitos reservados

 

Contactos

NEWS IN&OUT https://www.facebook.com/news.in.out anabelasantos.rtp@gmail.com